sábado, 29 de novembro de 2008

Tábuas


Carpinteiro, de mãos em calos grossos, talha seu amor em cada tábua. Em noites profundas, paira seu olhar sobre o mar escondido pela noite. Apenas pode ouvir o som das ondas. Mas imagina cada detalhe da agitação da areia e do sal. Espera o novo dia para buscar suas tábuas a beira da praia. Imagina com carinho da onde vieram, quem nelas antes tocou. Gosta de sentir o cheiro do iodo que vem com o vento. Cada tábua seria pregada com sutileza em seu farol. E este seria seu castelo para pensar. Escrever sobre o mar, lembrar da solidão. Pensar no amor. Fazer chá e observar as formigas a passearem pelo açúcar. As solitárias que nunca dormem. Assim como ele. Solitário que nunca descansa!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008


Nada que eu lhe disser ficará eternamente em sua mente,

visto que se achares belas minhas palavras,
elas serão assim por paixão e não por amor.
-
Estas frases vagam como em um grande trem sem paradas,
Nada foi forte o suficiente para impedi-lo.
-
Esta força esta apenas nos amantes - bons ladrões - raros, que irão entender e amar
o que meus lábios soltam em provérbios.
-
Disso suas mentes irão se apossar.
E não sabemos quanto tempo...
Até sua colisão!

sábado, 15 de novembro de 2008

Historia Real


Justamente a tal sensação de ver o mundo desabar e sentir algo,
não tivemos.
E não me importa pois não consigo nem me interessar mais por nada tão banal.
Paixão...
Cansei de ter que regar as flores o tempo inteiro.
Me mudei para um apartamento,
e meus vizinhos são os melhores que já pude ter.
E vamos com nossas tintas pintar nosso muro
e colar nossas palavras na mente uns dos outros.
E dai sim, mais para frente,
eu vou trocar sentimentos mais profundos
com alguém.
E vou me sentir bem pois teremos escritos juntos,
desde o inicio,
uma historia real.
Agora vou sentir de verdade!

sábado, 8 de novembro de 2008

Momento de o Sol Morrer




Para a menina que gosta de nuvens.




Momento de o Sol Morrer

Para olhar o sol que morre deve-se estar só;


Ou estar com alguém cuja mente deixe ser explorada.


E como gosto de quem deixa-me contar os pequenos versos de meu acaso: minha vida.


Em um onibus de janelas ilumindadas, numa cidade de luzes acesas...


Após os versos que te fiz, tudo que quero é me perder em ti. E nunca mais pensar em outra coisa!


Apenas olhando o sol, vagando em tua mente, gostando porque deixas.




E este momento será eterno assim.




O Sol a Morrer!