domingo, 22 de junho de 2008

Vento Até Voltar

Olhava para o céu tentando imaginar o que realmente acontecia. Sua mente estava confusa, mas seu corpo estava estável em relação à vida. Pensava em todas as pessoas. Se lembrava até daquelas que menos faziam diferença nos dias atuais. Era mais uma questão de tentar encaixar tudo perfeitamente até chegar no ponto em que se encontrava.

Se sentia bem, na realidade. Tudo ao seu redor estava alegre!


Mas no fundo não agüentava mais pensar. Pensava não apenas nos outros, mas no que os outros pensavam. Não conseguia parar de se preocupar e de sentir-se agoniada com o imaginário. As falsas sensações que tinha sobre tudo e todos. Repugnava tudo. Sobrava apenas o que realmente a fazia bem.

Entrava agora em uma fase de tentar isolar tudo isso, e viver mais como o vento... Livre e solto sem se preocupar com os outros. Mostrando estar por perto mesmo sem ser visto. Fazendo falta nos quentes momentos de tensão. Do nada esfriando... Arrepiando. Levando consigo apenas o que fosse alegre e colorido.

E se preparava para se imaginar sumindo por um tempo da mente dos outros ao invés de tentar apagar suas próprias lembranças...
Até que a saudade a trouxesse até lá novamente!

2 comentários:

Anônimo disse...

Não é a toa que "saudade" é uma palavra que existe somente na língua portuguesa, rendendo inúmeros temas. Veja só, juntando-se duas coisas boas aqui - uma ótima escritora (soa sério? Que seja "cronista" ou mesmo alguém que tem a escrita como hobbie, embora eu duvide que seja simples assim) com uma idéia maravilhosa (que, diga-se de passagem, é da própria autora), temos outra daquelas obras que mostram não somente idéias com palavras, mas sentimentos. Um tipo de escrita ímpar, sempre dexando com vontade de mais.

inuse disse...

"Um tipo de escrita ímpar, sempre dexando com vontade de mais."

concordo com o pinguin aí, fato.



é como se você falasse do que se passa na mente de todo sem ao menos conhecer-los. ah, adoro.