
Alguém que não consigo
Esquecer
Ou talvez não queira
Esquecer
È a tua silhueta
Que vejo dançar no meu copo
É teu o sorriso
Que em pensamento
Assombra-me
É o brilho
Dos teus olhos
Que vejo nas estrelas
É a tua voz que às vezes
Procuro chamando meu nome
É o teu perfume
Que sinto na gola da minha capa
É o teu nome
Que grito desesperado
Nas noites de solidão
São para você
Os poemas que faço
Usando essa folha amarela e essa pena
São para você
As musicas que compus
Queria ter forças
Para me livrar de tudo isso
Mas as lembranças
São bem mais vivas
Que qualquer coisa em mim
Queria olhar pela sacada do meu quarto
E te ver novamente
Colhendo as rosas do meu jardim
Aquelas, que agora, cuido com tanto carinho
Pois o perfume delas me lembra o teu
Tudo que queria
Era escutar teus passos
Era escutar as tabuas
Dessa velha casa
Rangendo com seu doce pisar
Tudo parece tão triste agora
As rosas que antes eram vermelhas
Agora me parecem cinza
Como se tudo tivesse perdido a graça
Perdido a beleza...
Pelas noites adentro
Sigo me embriagando
E gritando seu nome
Pedindo a Deus que você
Retorne
A brisa toca delicadamente meu rosto
Acho que é a sua respiração
Mas você não está comigo,
Lagrimas escorrem por minha face
E caio ajoelhado
A gola do casaco esconde minhas lagrimas
Sinto seu perfume
No líquido verde que está dentro da garrafa
Vejo-te dançando
Repetidas vezes grito teu nome
Ajoelhado ali, olho para os céus e vejo as estrelas
O brilho do seu olhar
Uma pétala de rosa vermelha cai a minha frente
Pego-a e nela sinto
A delicadeza do teu toque
Mas teus passos
Tua voz chamando meu nome
Eu nunca mais escutarei
São só lembranças
Que assombram minha mente
São só fantasmas...
Por Giancarlo Ferraro
Tua voz chamando meu nome
Eu nunca mais escutarei
São só lembranças
Que assombram minha mente
São só fantasmas...
Por Giancarlo Ferraro